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terça-feira, 17 de maio de 2011

Para Refletir...

O Presidente de uma Comunidade estava consertando o telhado da Igreja quando um simpatizante da Comunidade resolveu subir no telhado para colaborar. Como amigo ‘dos alemãos’ (sic) da Comunidade, quis fazer um agrado. Após alguns momentos de trabalho e conversa, um descuido: o ajudante despencou do telhado, fraturou a perna e o braço, bateu a cabeça, etc..., foi socorrido pelo Presidente, que o levou para o hospital e prestou todo o auxílio necessário. Tempos depois: ação judicial. O processo alcançou a cifra de R$ 80.000,00, que foi negociada para a metade.

Como uma história puxa a outra, resumirei a conversa com um comerciante. Reclamava o velho Kappel dos direitos das empregadas domésticas por ocasião dos debates sobre a Constituição de 1988. Em um sotaque das velhas colônias alemãs, o fiel participante da Comunidade arrematou: “Pastor, não ‘tá’ mais. Elas têm muitos direitos. ‘Pom’ era aquele tempo em que elas eram como ‘catinhos’ dentro de casa!”
Pergunto-me se o pêndulo não foi para o outro extremo. No passado, todos os direitos aos donos e patrões, como se vivêssemos em uma república marcada pelas sombras da escravidão negra que não conseguimos abandonar. Agora, vivemos o contrário, como se a justiça fosse cega.

Neste ritmo, as Presidentes dos grupos de OASE deverão pedir que as integrantes assinem um termo de trabalho voluntário na preparação de festas. Imagino que alguém corte o dedo descascando batatas para o almoço comunitário ou machuque a mão cortando frango para assar. Se estas ações forem seguidas de um conflito, facilmente a Comunidade poderá ser levada à Justiça. Exagerar ajuda na precaução!

Conheço uma igreja cujos lideres foram presos por levarem, ilegalmente, mais de 50 mil dólares para o exterior dentro de uma Bíblia. Esta organização religiosa terceirizou as atividades dos cultos: o conjunto, o coro, o carro forte que busca a coleta, a vigilância na porta..., são prestadores de serviços, bem pagos.
Onde não há dádiva e o exercício dos dons, há Igreja? O apóstolo Paulo (1Cor 12-14) diria que não. Igreja se distingue de uma organização religiosa com fins lucrativos.

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